Bio

Iniciei meus estudos de música em Petrópolis, aos quatro anos de idade. Aos seis anos, minha família mudou-se pra Brasília e os planos de formação musical que meus pais tinham pra mim foram alterados. À época, Brasília era uma cidade em construção, uma cidade de operários e funcionários públicos, e meus pais rapidamente criaram a expectativa de que eu me tornasse uma funcionária pública. Assim foi. Mas a relação com a música já havia se estabelecido, tanto que “a vida artística” caminhou paralela à de funcionária pública.

Em 1975, iniciei o curso de licenciatura em Música, mas mudei de rumo logo depois, iniciando o curso de comunicação, no qual me formei em TV, Rádio, Cinema e Publicidade. Usei boa parte desses conhecimentos no meu trabalho como funcionária do Banco do Brasil. Etapa de vida já concluída.

Na verdade, a música é que sempre foi minha paixão, minha forma de expressão, minha forma de manter a saúde emocional, espiritual, de manter a fé e a alegria. Assim, em 1983, com autorização de meu pai, vendi minha moto e fiz minha primeira aventura musical. Fui pro Rio de Janeiro e, com o apoio de meu primo e parceiro Custódio Rezende, gravei minhas primeiras quatro canções em um compacto duplo intitulado Pé na estrada. Naquele tempo, fazer um disco independente era uma aventura tão extraordinária quanto fazer uma viagem pra Saturno. E num é que o danadinho “rodou” nas rádios cariocas? Inacreditável!! E sem jabá – ainda mais inacreditável!

E assim os anos foram se passando. Eu, entre ser uma salamandra alpina e uma elefanta asiática, estreava todas as vezes que subia ao palco !

Em 2012, já não tinha mais compromissos formais de trabalho e não pude resistir ao chamado definitivo da música. Tenho um “Q” de autodidata, mas se por um lado isso é bom, por outro deixa grandes lacunas que, na maior parte das vezes, são simples e fáceis de resolver se você encontra um método pra isso. Estar num curso regular era um bom método. Assim, busquei um curso no qual eu pudesse me aprofundar na arte e no conhecimento musical. Fiz provas para o Curso Técnico em Canto Popular da EMB – Escola de Música de Brasília. Minha escolha foi motivada pelo fato de que cantores e cantoras não estão muito interessados em ouvir novos compositores. Daí, o jeito foi mesmo botar a “boca no trombone”: cantar minhas próprias composições!

Em julho e dezembro de 2016, concluí os cursos de Canto Popular e de Arranjo para Big Band e Orquestra, o primeiro sob a orientação da cantora e professora Dani Baggio e o segundo, do maestro e arranjador Joel Barbosa.

Nesse mesmo ano, lancei o meu primeiro CD – Lugar e hora, e não tive mais dúvidas de que era chegado o momento de partir para uma nova etapa de vida. O foco principal? A alegria de fazer o que sempre foi o importante na minha vida – MÚSICA !!

À vontade de experimentar, somou-se a de buscar caminhos para expressar as sonoridades que povoavam minha mente e, à vontade de realizar meus próprios projetos artísticos, somou-se o encontro dos parceiros com os quais atualmente eu trabalho: o violonista Luiz Duarte, o percussionista Jorge Macarrão, a flautista Patrícia Beutel, o pianista Marcus Fonseca – que me adotou de forma inexplicável – assim como a baixista Carolina Setúbal e o percuterista Keu Aragão.

Como resultado desse percurso formou-se o Valéria Fajardo – Quinteto A3 que, em sua composição nuclear, é integrado por Valéria Fajardo (voz, violão, guitarra e arranjos), Patrícia Beutel (flauta), Marcus Fonseca (piano, teclados e direção musical) que também contam com a participação dos músicos  Ancleves Nascimento (contrabaixo acústico e elétrico),  Almir Cássio (bateria) e Zé Martins (contrabaixo acústico e elétrico).

Acompanhe a minha trajetória.